Tudo começa quando duas amigas, Vicky e Cristina, de personalidades totalmente diferentes, interpretadas por Rebeca Hall e Scarlett Johansson, respectivamente, decidem fazer uma viagem de férias em Barcelona.
Lá elas encontram o misterioso e sexy Juan Antônio(Javier Bardem), que as convida para um final de semana na charmosa cidade de Oviedo, onde o relacionamento, que antes era amizade com "requintes de sexualidade", se torna um divertido e sexy triângulo amoroso.
Cristina é mais declarada em seus sentimentos, e o que marca essa personagem divertida é sua espontaneidade e sexualidade natural, e, o que não podia faltar a uma personagem de Johansson, um toque sedutor de inocência.
Já Vicky é mais reservada e racional. No primeiro momento não aceitou viajar com Juan, mas após um tempo conhecendo-o melhor, passa, e quer, negar sua irrevogável paixão por ele.
Vicky e Cristina fazem lembrar Marianne e Elinor Dashwood, do romance Razão e Sensibilidade(Sense and Sensibility) de Jane Austen, mais tarde adaptado para o cinema, com direção de Ang Lee, e com as magníficas atuações de Emma Thompson (Elinor Dashwood), que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel, Kate Winslet (Marianne Dashwood), Hugh Grant(Edward Ferrars) e o ganhador do Globo de Ouro Alan Rickman(Cel. Brandon). O que marca a semelhança entre os dois filmes é a cena clímax do romance, que Marianne, observando o amor reprimido da irmã faz a ela: "Elinor, where is your heart?"

Em Vicky Cristina Barcelona, o mesmo tipo de repressão pode ser observada, mas desta vez pelo fato de a amiga começar a namorar Juan.
Então entra a sensual ex-mulher de Juan Antonio, Maria Elena, da qual nunca conseguiu viver sem, mesmo após a separação. Sua vida vira um caos quando os três, Juan, Maria Elena e Cristina, passam a morar na mesma casa.

A ousada comédia dirigida por Woody Allen não podia ter tanto a ver com sua personalidade, com suas reflexões sobre a essência do comportamento humano e seus relacionamentos. Humor sagaz, fotografia em tons de amarelo e laranja, sua visão da cidade e da cultura latina não podia ser mais sexy e ousada. A trilha sonora também não deixa a desejar. Sua música tema, "Barcelona", é uma música viciante e sensual. É tocada também a música Asturias, consagrada pelo violonista Andres Segovia, mas no filme tocado em um ritmo mais ameno e latino.

Woody foi aclamado e reconhecido pelo filme na cidade de Oviedo, onde ganhou uma estátua sua, exposta no centro da cidade.
Claudia, ainda não vi o Abraços Partidos, mas vou ver. Até porque sou louco não por Penélope Cruz, mas por Scarlet Johansen.
ResponderExcluirJá comecei a divulgar o teu blog. A princípio na minha comuna do orkut (Joel Macedo) e em seguida por e-mail para amigos.
Tô gostando muito do seu texto e da sua abordagem dos filmes.
Desfazendo a confusão, ainda não vi Vicky Cristina Barcelona. Não sou propriamente um fã dos filmes do Allen, como já postei abaixo, mas não resisto à Scarlett na telona.
ResponderExcluirAdoro a Scarlett também. Não apostava na Penélope Cruz há um tempo atrás, mas ela me surpreendeu. E surpreendeu a todos no Oscar. Eu lembro de ter assistido e ouvido os comentários do Rubens Ewald Filho. Vi que ele não acreditava que ela ganharia também. Mas ganhou, e mereceu, porque ela tava ótima no filme.
ResponderExcluirJá estou fazendo parte da sua comunidade no orkut, e obrigada pelo post divulgando o blog!
Cláudia, eu tenho um problema ENORME com os filmes do Almodovar. Eles não me cativam, acho-os exagerados e em sua tentativa (pra mim) de soar kitsch ele se torna insuportável rsrs.
ResponderExcluirJá Woody Allen, eu gosto e muito, apesar dele ter feito coisas irregulares nos ultimos anos, Match Point é sensacional.
Abraços !
Eu assisti apenas três filmes do Almodóvar. Adorei todos, não só pelas histórias, que considero super criativas, mas pelos personagens, que são tão reais. E pelas cores, que me fazem lembrar muito o Vicky Cristina Barcelona. Não sei... acho os filmes dele diferentes. Muita gente não gosta porque as histórias são desconexas, e na verdade são mesmo, rsrs.. Mas eu gosto do conjunto que ele cria, na harmonia com que os atores trabalham, e com a irresistível excentricidade com que agem. Além do roteiro ser excelente. Claro que isso é uma questão de gosto. Outro dia li em um blog que seus filmes não têm um gênero, não cabem em nenhuma classificação, e é isso mesmo, porque ele mistura comédia com drama, e imagens com tal apelo sexual, que um dia uma amiga minha me disse que nunca mais assistiria um filme dele com sua mãe, ahahah..
ResponderExcluirDesculpa se eu soei exagerada em algumas partes, me empolgo quando o assunto é cinema, rsrs..
Entro sempre que posso no Fotograma Digital, estou vibrando com o especial Dario Argento!
Vicky Cristina Barcelona, acredite se quiser, é meu filme favorito de Woody Allen!
ResponderExcluiruma delicia!
e Penelope Cruz mereceu mesmo o Oscar como a treslouca Maria Elena!
abs