quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Show de Kate


Sucesso de crítica em 2009, após render um Oscar de Melhor Atriz a Kate Winslet, vencendo nomes consagrados do cinema como Meryl Streep (Dúvida) e Angelina Jolie (A Troca). O Leitor foi um sucesso.
Romance adaptado do livro de Bernhard Schilnk, que leva o mesmo nome do filme, é narrado em dois tempos: A Alemanha de 1958 e de 1995. Mostra o protagonista quando garoto, inseguro e reservado, e depois como um homem, solitário e instável em seus relacionamentos.
História de Michael Berg (Ralph Fiennes) que se lembra de sua infância, quando era um garoto de 16 anos e mantinha um relacionamento com Hannah Schmitz, 20 anos mais velha do que ele. Após um tempo no relacionamento, os dois se separam, e o garoto se transorma em um adulto promissor na carreira de advogado. Sua vida muda quando é convidado a assistir o julgamento de seis mulheres acusadas de participarem do holocausto, como guardas do campo de concentração de Auschwitz, e participarem na seleção de algumas pessoas a serem mortas lá. Uma dessas mulheres era Hannah.
Apesar da nudez excessiva, o filme vale a pena ser assistido pela atuação dos protagonistas e da emoção que a história, apesar de não ser nada de tão extraordinária, passa ao público.
Ralph Fiennes também se destaca no filme, com sua economia de gestos e feições faciais, mas não menos profundo, complexo e emocionante.
Kate quase perdeu o papel de protagonista do filme. Tinha que conciliar as filmagens de outro filme que estava fazendo (Foi Apenas um Sonho). O papel foi oferecido a Nicole Kidman, que não pôde aceitar por causa de sua gravidez, e à francesa Juliette Binoche.
Anthony Minghela e Sidney Pollack, dois grandes diretores e produtores no filme, morreram antes de ele ser lançado nos cinemas. Uma pena, pois perderam um verdadeiro espetáculo. Suas crianças se transformaram em grande show de crítica e bilheteria.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Réquiem para um Sonho



Mais um filme independente e de baixo orçamento que foi super bem produzido e pouco divulgado.
Réquiem para um Sonho não é somente mais um filme sobre drogas, é uma verdadeira reflexão. Assim como Trainspotting, este é um filme que fala sobre as aventuras de dois jovens em busca de identidade e liberdade, sair de suas vidas monótonas e humildes.
Marion (Jennifer Connelly) e Harry (Jared Leto) são dois namorados, ambos usuários de heroína. Além de usuários, são também comerciantes da droga. Se envolvem com outro usuário e vendedor Tyrone. A mãe de Harry, Sara, interpretada pela magistral Ellen Burstyn, é viciada em programas de auditório e quando recebe a proposta para participar de um, tenta emagrecer a qualquer custo a fim de caber em um velho vestido vermelho, mesmo que tenha que tomar remédios fortes.
O vício no filme é mostrado em vários sentidos. tanto o vício pela televisão, que aliena e restringe, tanto pela droga, ou remédios. No filme, não há diferença entre estas drogas, e é isso o legal nele, pois algumas pessoas não consideram esses vícios algo nocivo, mas no decorrer do filme, vamos que não é bem aassim.
Vale a pena assistir, serve como uma boa forma de reflexão, de algumas atitudes e valores impostos pela mídia, tanto na glamourização das drogas, quanto pela supervalorização do padrão de corpo perfeito pelos meios de comunicação.
OBSERVAÇÃO: Não é recomendado a pessoas sensíveis, hehe.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Farrapo Humano



Como esse é o especial Drug Movies, e bebida não deixa de ser um vício, o filme mais apropriado para estar entre tantos que falam sobre isso é Farrapo Humano, de 1945, dirigido pelo fenomenal Billy Wilder, diretor de Crepúsculo dos Deuses. Baseado no romance de Charles R. Jackson, conta a história de Don Birnam, escritor em crise que desconta seus problemas profissionais no excessivo consumo de bebida alcoólica. Vive com seu irmão, que tenta o ajudar a superar o vício. Basta deixá-lo sozinho por um instante, e Don começa a procurar bebidas nos esconderijos que arranjava. Sua vida se torna um caos quando é internado em uma clínica de reabilitação, onde começa o espetáculo de atuação de Ray Milland.
É considerado o melhor filme sobre o vício em álcool que já foi produzido nos Estados Unidos, e rendeu 4 dos 7 Oscars que concorreu: Melhor Ator, Melhor Roteiro, Melhor Diretor, e como já era de se esperar, Melhor Filme. Além disso, ganhou três Globos de Ouro (direção, ator e melhor filme - drama). É um filme essencial a todos que gostam de cinema, seja pelas maravilhosas atuações, pela brilhante direção, seja pela belíssima fotografia.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Medo e Delírio - Fear and Loathing in Las Vegas


Mais uma vez, Johnny Depp se supera em mais um papel "incomum" no cinema como Raoul Duke. Além de Depp, outro que se destacou foi Benício Del Toro, que teve que engordar 18 quilos para interpretar o papel do advogado mexicano Dr. Gonzo.
O filme é baseado em um livro escrito por Hunter Thompson nos anos setenta, que narra a história desses dois personagens a caminho de Las Vegas, para cobrir uma corrida de motos na cidade. Durante a viagem abusam de drogas, e mergulham em mundo de ilusão e delírio. O filme foi lançado em 1998, e não fez muito sucesso, mas após anos, foi considerado cult.
Como disse antes, Johnny Depp está impecável. Cada crise e ataque de raiva foram tão convincentes que é difícil de acreditar que o ator não teve problemas com drogas. Depp, que trabalhou seis vezes com o diretor Tim Burton, já deve estar acostumado a interpretar personagens tão diferentes, e é bastante evidente que o ator opta por esses papéis.
Del Toro também surpreende os espectadores com sua representação fiel do Dr. Gonzo que é narrado no livro.
O diretor Terry Gilliam, o mesmo de "Os 12 Macacos" e de "O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus", filme de teve ótimas críticas após sua estreia no festival de Cannes, soube captar exatamente os sentimentos dos personagens descritos no livro, e mostrou às pessoas de um modo por vezes até cômico, como quando Duke pensa ser uma galinha após a ingestão de drogas fortes, a transição do conceito das drogas na década de 60, que era a imagem de paz, com a ideia da droga "ruim" do começo da década de 70, e 80.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Especial "Drug Movies"


"Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?"

"RENTON: I chose not to choose life: I chose something else. And the reasons? There are no reasons. Who need reasons when you've got heroin?"

Talvez um dos filmes sobre vício em drogas mais bem feito, Trainspotting obriga o espectador não só a pensar sobre questões existenciais, como o faz repugnar as drogas.
Talvez este seja o melhor papel de Ewan McGregor no cinema, interpretando Renton, garoto escocês de classe média que se torna um viciado em heroína. A introdução, escrita por John Hodge, casa perfeitamente com o pensamento de Renton a respeito de sua própria vida, e seu sentimento de rebeldia diante dos pais que não se comunicam, e de sua própria vida, que se torna um caos após sua inserção no mundo das drogas. O filme estreou em 1997, e foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado, mas perdeu para Billy Bob Thornton por Na Corda Bamba(Sling Blade).
O diretor Danny Boyle também retrata a realidade dos clubbers, e seu estilo de vida. Há quem dia que Trainspotting foi o melhor filme já produzido no Reino Unido, mas seria muito difícil ignorar todas as produções espetaculares já produzidas, como "O Iluminado", ou "Laranja Mecânica", ambos dirigidos por Staley Kubrick.
Falando em Laranja Mecânica, filme que marcou a época em que foi lançado, Trainspotting se assemelha muito com ele neste sentido. Eles chocam e denunciam a sociedade do mesmo jeito, apesar de modos diferentes.
Com trilha sonora composta por Lou Reed (Velvet Underground) e Iggy Pop (The Stooges), não podia ter mais aspecto rebelde e revolucionário.


Deixo a postagem com a cena de abertura

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uma Noite com Bardem

Estes dois últimos anos têm sido dos melhores para a atriz Penélope Cruz. Além de estrear no belíssimo "Abraços Partidos"(Los Abrazos Rotos) de Pedro Almodóvar, também atuou no premiado Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen, ganhando um Oscar de melhor atriz coadjuvante pela ótima atuação como a temperamental e desajustada Maria Elena.

Tudo começa quando duas amigas, Vicky e Cristina, de personalidades totalmente diferentes, interpretadas por Rebeca Hall e Scarlett Johansson, respectivamente, decidem fazer uma viagem de férias em Barcelona.
Lá elas encontram o misterioso e sexy Juan Antônio(Javier Bardem), que as convida para um final de semana na charmosa cidade de Oviedo, onde o relacionamento, que antes era amizade com "requintes de sexualidade", se torna um divertido e sexy triângulo amoroso.
Cristina é mais declarada em seus sentimentos, e o que marca essa personagem divertida é sua espontaneidade e sexualidade natural, e, o que não podia faltar a uma personagem de Johansson, um toque sedutor de inocência.
Já Vicky é mais reservada e racional. No primeiro momento não aceitou viajar com Juan, mas após um tempo conhecendo-o melhor, passa, e quer, negar sua irrevogável paixão por ele.
Vicky e Cristina fazem lembrar Marianne e Elinor Dashwood, do romance Razão e Sensibilidade(Sense and Sensibility) de Jane Austen, mais tarde adaptado para o cinema, com direção de Ang Lee, e com as magníficas atuações de Emma Thompson (Elinor Dashwood), que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel, Kate Winslet (Marianne Dashwood), Hugh Grant(Edward Ferrars) e o ganhador do Globo de Ouro Alan Rickman(Cel. Brandon). O que marca a semelhança entre os dois filmes é a cena clímax do romance, que Marianne, observando o amor reprimido da irmã faz a ela: "Elinor, where is your heart?"

Em Vicky Cristina Barcelona, o mesmo tipo de repressão pode ser observada, mas desta vez pelo fato de a amiga começar a namorar Juan.
Então entra a sensual ex-mulher de Juan Antonio, Maria Elena, da qual nunca conseguiu viver sem, mesmo após a separação. Sua vida vira um caos quando os três, Juan, Maria Elena e Cristina, passam a morar na mesma casa.

A ousada comédia dirigida por Woody Allen não podia ter tanto a ver com sua personalidade, com suas reflexões sobre a essência do comportamento humano e seus relacionamentos. Humor sagaz, fotografia em tons de amarelo e laranja, sua visão da cidade e da cultura latina não podia ser mais sexy e ousada. A trilha sonora também não deixa a desejar. Sua música tema, "Barcelona", é uma música viciante e sensual. É tocada também a música Asturias, consagrada pelo violonista Andres Segovia, mas no filme tocado em um ritmo mais ameno e latino.


Woody foi aclamado e reconhecido pelo filme na cidade de Oviedo, onde ganhou uma estátua sua, exposta no centro da cidade.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E se fosse verdade?


Pra quem assistiu algum filme do Woody Allen e pensou exatamente isso: "E se fosse verdade?"
Bom, no caso de "Rosa Púrpura do Cairo"(Purple Rose of Cairo) seria bom, pois a história se baseia em uma mulher pobre, interpretada por Mia Farrow, mulher dele na época, que se apaixona pelo personagem do filme Rosa Púrpura do Cairo, que ela assistiu cinco vezes no cinema.
Mas para a surpresa dela, esse personagem sai da tela do cinema, literalmente, para fugir com Cecília(Farrow).

Acontece que os produtores e o ator principal (Gil Shepherd) ficam loucos, e procuram Tom(personagem) em todo lugar, a fim de que voltasse para o filme.
O personagem é interpretado por Jeff Daniels, mais conhecido por seu papel em Debi e Loid. Mas não se enganem, ele é um ótimo ator, e esse filme não tem nenhuma semelhança com Debi e Loid, por sorte.

É um filme espetacular, como a maioria dos filmes do Woody Allen, mas desta vez não há tantos discursos metafísicos, marca nos filmes de Allen, e o longa adquiriu um aspecto mais romântico. Desta vez o diretor não participou do filme como ator, como havia feito em Manhattan ou Dirigindo no Escuro, mas conseguimos assistir, mesmo sem a presença desse galã nato.

O Escândalo Polanski



Nenhum gênio é a prova de erro. E é claro que com Roman Polanski não podia ser diferente.
O cineasta Roman Polanski foi preso, pela acusação de met... ops, manter relações sexuais com uma garota de 13 anos. É... Parece que o número 13 não tem dado sorte a ele desde que dirigiu Mia Farrow e John Cassavetes em "O Bebê de Rosemary", clássico de terror dos anos 60.



O crime foi cometido há uns trinta anos, mas como a polícia americana não distingue cor nem condição financeira, por que não prender um ganhador de Oscar, se ele se iguala a todos os outros pedófilos pobres do mundo?
Mas igual a tudo neste mundo, o assunto não podia ser mais polêmico (a não ser pelos filmes de Lars Von Trier, é claro). A moça, que na época do crime era menor de idade, depôs a favor dele nos tribunais, mas ele continua preso.

No ano de 2002, "O Pianista" é lançado, e ganha 3 premiações no Oscar (uma delas de melhor diretor). Polanski não foi buscar seu prêmio.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Homenagem ao Mestre do Suspense

Se Michael Jackson é o rei do pop, e Elvis o rei do rock, o título de rei do suspense vai para Alfred Joseph Hitchcock. E não poderia ser ninguém além do genial diretor de "Dique M para Matar"(Dial M for Murder), Psicose (Psycho) e Janela Indiscreta (Rear Window).



Conhecido por seus eletrizantes filmes de suspense, Hitchcock criou, aos poucos, tal fama e reconhecimento, que hoje em dia é difícil pensar no cinema de suspense moderno sem antes pensar nele.



Hitchcock usava muitos atores iguais em seus filmes, como o renomado James Stewart, e a belíssima Grace Kelly.

Seus filmes eram diferenciados pelo elemento surpresa que sempre havia no final, e pela magnífica e aterrorizante trilha sonora. A mais notória delas é a música tema de Psicose, composta pelo já falecido Maurice Jarre.
Outra marca do cinema de Alfred Hitchcock era suas breves aparições em seus filmes, como figurante. Apareceu em vários de seus filmes, como Psicose, Festim Diabólico, Disque M para Matar, entre outros.
Os personagens tinham um interesse incomum por brandy e o número 7(algo em comum com JK Rowling..).
Com seus assassinos astutos, e trama envolvente, deixo vocês com o trailer de Rope (Festim Diabólico). Divirtam-se, crianças!

Pra começar

Sei que ninguém gosta desses texos de introdução, até porque muitas vezes não é nada relacionado com o blog. Mas preciso me "apresentar", propriamente dizendo. Eu adoro cinema. Então pensei: Por que não fazer um blog onde possa mostrar minha paixão pela sétima arte? E este é o resultado: um blog inteiramente dedicado a o que sou. Sem mais delongas, prometo que as próximas postagens não serão tão chatas, ou pelo menos vou tentar, pois meu lado "velha de 70 anos" toma conta de mim na maioria das vezes. Bom, postarei coisas mais interessantes daqui pra frente.
Abraço a todos, e espero que não tenha ninguém que ache que cinema não é para mulher, ou providenciarei uma cirurgia para mudança de sexo imediatamente, hehe. Divirtam-se, ou pelo menos escrevam algum comentário engraçadinho.