sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Em breve novas postagens, fellas...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Sweet Transvestite


Graças a estímulos exteriores anônimos, e depois de algumas semanas sem postar, volto ao blog com alguma inspiração e com o extraordinário musical "The Rocky Horror Picture Show", de 1975. Com uma jovem Susan Sarandon, em início de carreira, e um Tim Curry magro, com sua voz potente e sua atuação brilhante como o travesti Frank-N-Furter, que conseguiu desbancar até Mick Jaegger, que na época também concorria pelo papel principal. Após problemas com o carro, o casal Sarandon/Barry Bostwick resolvem pedir ajuda justamente no castelo onde residia Dr. Frank-N-Furter e sua trupe. Uma espécie de paródia dos clássicos filmes de terror, nota-se similaridades com Dr. Frankenstein. No filme, o cientista também cria um homem em seu laboratório, mas para satisfazer seus desejos sexuais. O cientista também possui um ajudante esquisitão e corcunda chamado Riff Raff (Igor, em Frankenstein). Além das referências ao cinema, há também referências artísticas como a Capela Sistina e obras como a Monalisa de Da Vinci.
Embora a primeira imagem não seja lá tão animadora, e apesar de não ter sido um sucesso de bilheteria nem ter sido bem recebido no Brasil em sua época de lançamento, o filme é considerado cult pelos tantos fãs, principalmente americanos e canadenses.
Assim como acontece em vários casos no cinema, é um daqueles filmes que fez mais sucesso dentre os conhecedores do gênero após seu lançamento. Seu sucesso póstumo fez com que o filme seja mais interessante e mais visto pelas pessoas dispostas a dar boas risadas e se identificarem com o lado luxurioso de Curry como o "Adorável Travesti"

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Show de Kate


Sucesso de crítica em 2009, após render um Oscar de Melhor Atriz a Kate Winslet, vencendo nomes consagrados do cinema como Meryl Streep (Dúvida) e Angelina Jolie (A Troca). O Leitor foi um sucesso.
Romance adaptado do livro de Bernhard Schilnk, que leva o mesmo nome do filme, é narrado em dois tempos: A Alemanha de 1958 e de 1995. Mostra o protagonista quando garoto, inseguro e reservado, e depois como um homem, solitário e instável em seus relacionamentos.
História de Michael Berg (Ralph Fiennes) que se lembra de sua infância, quando era um garoto de 16 anos e mantinha um relacionamento com Hannah Schmitz, 20 anos mais velha do que ele. Após um tempo no relacionamento, os dois se separam, e o garoto se transorma em um adulto promissor na carreira de advogado. Sua vida muda quando é convidado a assistir o julgamento de seis mulheres acusadas de participarem do holocausto, como guardas do campo de concentração de Auschwitz, e participarem na seleção de algumas pessoas a serem mortas lá. Uma dessas mulheres era Hannah.
Apesar da nudez excessiva, o filme vale a pena ser assistido pela atuação dos protagonistas e da emoção que a história, apesar de não ser nada de tão extraordinária, passa ao público.
Ralph Fiennes também se destaca no filme, com sua economia de gestos e feições faciais, mas não menos profundo, complexo e emocionante.
Kate quase perdeu o papel de protagonista do filme. Tinha que conciliar as filmagens de outro filme que estava fazendo (Foi Apenas um Sonho). O papel foi oferecido a Nicole Kidman, que não pôde aceitar por causa de sua gravidez, e à francesa Juliette Binoche.
Anthony Minghela e Sidney Pollack, dois grandes diretores e produtores no filme, morreram antes de ele ser lançado nos cinemas. Uma pena, pois perderam um verdadeiro espetáculo. Suas crianças se transformaram em grande show de crítica e bilheteria.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Réquiem para um Sonho



Mais um filme independente e de baixo orçamento que foi super bem produzido e pouco divulgado.
Réquiem para um Sonho não é somente mais um filme sobre drogas, é uma verdadeira reflexão. Assim como Trainspotting, este é um filme que fala sobre as aventuras de dois jovens em busca de identidade e liberdade, sair de suas vidas monótonas e humildes.
Marion (Jennifer Connelly) e Harry (Jared Leto) são dois namorados, ambos usuários de heroína. Além de usuários, são também comerciantes da droga. Se envolvem com outro usuário e vendedor Tyrone. A mãe de Harry, Sara, interpretada pela magistral Ellen Burstyn, é viciada em programas de auditório e quando recebe a proposta para participar de um, tenta emagrecer a qualquer custo a fim de caber em um velho vestido vermelho, mesmo que tenha que tomar remédios fortes.
O vício no filme é mostrado em vários sentidos. tanto o vício pela televisão, que aliena e restringe, tanto pela droga, ou remédios. No filme, não há diferença entre estas drogas, e é isso o legal nele, pois algumas pessoas não consideram esses vícios algo nocivo, mas no decorrer do filme, vamos que não é bem aassim.
Vale a pena assistir, serve como uma boa forma de reflexão, de algumas atitudes e valores impostos pela mídia, tanto na glamourização das drogas, quanto pela supervalorização do padrão de corpo perfeito pelos meios de comunicação.
OBSERVAÇÃO: Não é recomendado a pessoas sensíveis, hehe.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Farrapo Humano



Como esse é o especial Drug Movies, e bebida não deixa de ser um vício, o filme mais apropriado para estar entre tantos que falam sobre isso é Farrapo Humano, de 1945, dirigido pelo fenomenal Billy Wilder, diretor de Crepúsculo dos Deuses. Baseado no romance de Charles R. Jackson, conta a história de Don Birnam, escritor em crise que desconta seus problemas profissionais no excessivo consumo de bebida alcoólica. Vive com seu irmão, que tenta o ajudar a superar o vício. Basta deixá-lo sozinho por um instante, e Don começa a procurar bebidas nos esconderijos que arranjava. Sua vida se torna um caos quando é internado em uma clínica de reabilitação, onde começa o espetáculo de atuação de Ray Milland.
É considerado o melhor filme sobre o vício em álcool que já foi produzido nos Estados Unidos, e rendeu 4 dos 7 Oscars que concorreu: Melhor Ator, Melhor Roteiro, Melhor Diretor, e como já era de se esperar, Melhor Filme. Além disso, ganhou três Globos de Ouro (direção, ator e melhor filme - drama). É um filme essencial a todos que gostam de cinema, seja pelas maravilhosas atuações, pela brilhante direção, seja pela belíssima fotografia.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Medo e Delírio - Fear and Loathing in Las Vegas


Mais uma vez, Johnny Depp se supera em mais um papel "incomum" no cinema como Raoul Duke. Além de Depp, outro que se destacou foi Benício Del Toro, que teve que engordar 18 quilos para interpretar o papel do advogado mexicano Dr. Gonzo.
O filme é baseado em um livro escrito por Hunter Thompson nos anos setenta, que narra a história desses dois personagens a caminho de Las Vegas, para cobrir uma corrida de motos na cidade. Durante a viagem abusam de drogas, e mergulham em mundo de ilusão e delírio. O filme foi lançado em 1998, e não fez muito sucesso, mas após anos, foi considerado cult.
Como disse antes, Johnny Depp está impecável. Cada crise e ataque de raiva foram tão convincentes que é difícil de acreditar que o ator não teve problemas com drogas. Depp, que trabalhou seis vezes com o diretor Tim Burton, já deve estar acostumado a interpretar personagens tão diferentes, e é bastante evidente que o ator opta por esses papéis.
Del Toro também surpreende os espectadores com sua representação fiel do Dr. Gonzo que é narrado no livro.
O diretor Terry Gilliam, o mesmo de "Os 12 Macacos" e de "O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus", filme de teve ótimas críticas após sua estreia no festival de Cannes, soube captar exatamente os sentimentos dos personagens descritos no livro, e mostrou às pessoas de um modo por vezes até cômico, como quando Duke pensa ser uma galinha após a ingestão de drogas fortes, a transição do conceito das drogas na década de 60, que era a imagem de paz, com a ideia da droga "ruim" do começo da década de 70, e 80.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Especial "Drug Movies"


"Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?"

"RENTON: I chose not to choose life: I chose something else. And the reasons? There are no reasons. Who need reasons when you've got heroin?"

Talvez um dos filmes sobre vício em drogas mais bem feito, Trainspotting obriga o espectador não só a pensar sobre questões existenciais, como o faz repugnar as drogas.
Talvez este seja o melhor papel de Ewan McGregor no cinema, interpretando Renton, garoto escocês de classe média que se torna um viciado em heroína. A introdução, escrita por John Hodge, casa perfeitamente com o pensamento de Renton a respeito de sua própria vida, e seu sentimento de rebeldia diante dos pais que não se comunicam, e de sua própria vida, que se torna um caos após sua inserção no mundo das drogas. O filme estreou em 1997, e foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado, mas perdeu para Billy Bob Thornton por Na Corda Bamba(Sling Blade).
O diretor Danny Boyle também retrata a realidade dos clubbers, e seu estilo de vida. Há quem dia que Trainspotting foi o melhor filme já produzido no Reino Unido, mas seria muito difícil ignorar todas as produções espetaculares já produzidas, como "O Iluminado", ou "Laranja Mecânica", ambos dirigidos por Staley Kubrick.
Falando em Laranja Mecânica, filme que marcou a época em que foi lançado, Trainspotting se assemelha muito com ele neste sentido. Eles chocam e denunciam a sociedade do mesmo jeito, apesar de modos diferentes.
Com trilha sonora composta por Lou Reed (Velvet Underground) e Iggy Pop (The Stooges), não podia ter mais aspecto rebelde e revolucionário.


Deixo a postagem com a cena de abertura